A solidão da democracia: José Eduardo Cardozo fala sobre a crise do estado de direito

Lectio Magistralis de José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça durante o governo de Dilma Rousseff e seu advogado no processo de impeachment. A conferência, realizada em janeiro em Lecce, na Itália, no âmbito do evento “A Solidão da Democracia” é uma exposição brilhante sobre a ordem jurídica brasileira e uma explicação abrangente sobre o pretexto das acusações que foram levantadas contra Dilma para pode-la afastar da Presidência. Cardozo nos explica claramente por que, neste caso, é muito apropriado para falar de golpe de Estado parlamentar.
Além disso, assinalamos no final de seu discurso – minuto 15:30 – uma declaração explosiva, embora feita diplomaticamente e sem qualquer ênfase, sobre o ministro do Supremo Tribunal Teori Zavascki, que morreu em janeiro em um estranho “acidente” de avião.

Há rumores de que, nos últimos tempos, e após a incriminação do presidente da Câmara Eduardo Cunha por corrupção e lavagem de dinheiro, juntamente com muitos dos promotores do impeachment, o Zavascki poderia acolher o recurso constitucional apresentado por Cardozo, e examinar os atos do processo de impeachment, com a possibilidade de reverter o julgamento.
Beto Almeida, jornalista e membro do diretório da Telesur, escreve no artigo “O Sagrado Direito de Desconfiar”: “A morte do ministro Teori Zavaski, em avião de riquíssimo banqueiro, pode ser uma mudança radical na política brasileira, porque estava em suas mãos a decisão de abrir, em breve, investigação sobre políticos do PMDB e do PSDB, entre eles Michel Temer, José Serra, Eliseu Padilha e Aécio Neves.”

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